A eleição desta terça-feira (5/11) não mudará fundamentalmente as relações entre Washington e a América Latina. Os conflitos no Oriente Médio, a interminável guerra entre Ucrânia e Rússia e a crescente instabilidade no Sudeste Asiático continuarão a dominar as atenções do(a) próximo(a) presidente americano. Mas, naturalmente, haverá impactos.
Com Kamala Harris, as relações entre os EUA e a região seriam mais fluidas e cordiais, com ênfase em temas como meio ambiente, energia e democracia. Já com Trump, seu relativo distanciamento dos temas atualmente latentes no cenário internacional pode, em teoria, favorecer um retorno da América Latina à agenda de Washington — possivelmente até mais do que com os democratas.
É importante recordar que foi justamente durante o governo de Donald Trump que o volume de empréstimos à América Latina, provenientes de organismos multilaterais altamente influenciados por Washington, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, ultrapassou os financiamentos chineses.